Tao é eterno, mas indescritível. Sua simplicidade, embora considerada como das mais humildes, é a mais independente. Nada no mundo é capaz de trazê-lo à sujeição.
O Grande Tao impregna tudo. É acessível em toda parte, na mão direita e na esquerda. Tudo depende dele para existir e isto nunca falha.
Tao é invisível mas penetra em tudo, não
importando o quanto ou como é usado, nunca é exaurido.
Às pessoas comuns, o princípio Tao, de simplicidade
e humildade parece fraco e insípido; elas desejam e procuram músicas
e iguarias. Na verdade, Tao não tem sabor. Quando olhado,
nada há para ser apreciado, quando se procura escutá-lo,
mal pode ser ouvido; mas seus prazeres são inexauríveis.
Tao age sem declaração; todavia, todas as coisas
se desenvolvem de acordo com isto.
O homem superior, tão logo ouve a respeito de Tao, pratica-o
fervorosamente; o homem comum, ouvindo de Tao, às vezes o
recorda, e às vezes o esquece; o homem inferior, quando lhe falam
de Tao, ridiculariza-o. Se isto não fosse assim, não
haveria mérito em seguir a Tao.